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Os Mortos Caminham III – Roteiro das máquinas e cronologia

Publicado originalmente na BGamer nº167, Junho 2012.

1ª Parte

2ª Parte

Há Vida Lá Fora. Por Enquanto

São cada vez menos os sítios em Portugal onde ainda é possível encontrar máquinas arcade que aceitem as vossas moedas. Todos os salões que acham que existem? É provável que já tenham fechado portas. Mas se fazem mesmo questão de gastar o vosso dinheiro em tempo de crise em nome da nostalgia não desesperem – vistam as vossas melhores roupas e visitem já (literalmente!) estes salões de jogos.

Meta
R. dos Pescadores nº23, Costa da Caparica http://g.co/maps/axc82
Seg. a Dom. das 10h00 às 01h00
Podes jogar: Tekken Tag Tournament (Namco) / Star Wars Trilogy (Sega) / Street Fighter II (Capcom)

Funcenter, Centro Colombo
Av. Lusíada, Lisboa http://g.co/maps/9xj5g
Seg. a Sex. das 12h00 às 24h00 / Sáb. e Dom. das 11h às 24h00
Podes jogar: Soulcalibur II (Namco) / House of the Dead 4 (Sega) / Crazy Taxi (Sega)

Émecê
R. Tomás Ribeiro nº47 http://g.co/maps/up32t
Seg. a Sex. das 12h00 às 24h00 / Sáb. e Dom. das 15h00 às 24h00
Podes jogar: Time Crisis II (Namco) / Scud Race Twin (Sega) / Virtua Striker 3 (Sega)

Cronologia 1972-2008

1972

Atari é fundada e lança Pong

O Padrinho estreia no cinema

1975

Western Gun é o 1º jogo com pistolas no ecrã

Nasce a Microsoft

1978

Space Invaders revoluciona o shoot ‘em up

Halloween populariza o slasher

1980

Pac-Man torna-se num ícone dos 80s

John Lennon é assassinado

1981

Donkey Kong revela Mario aos jogadores

Música recebe Metallica e Slayer

1985-86

Sega lança Space Harrier, Hang-On e Out Run

Steve Jobs sai da Apple e cria a NeXT

1991

Street Fighter II populariza tareias virtuais

Nexus é o primeiro web browser público

1998

Dance Dance Revolution põe jogadores a dançar

Formato vídeo DVD chega à Europa

2004

Microsoft lança Xbox Live Arcade

Sammy toma controlo maioritário da Sega

2008

App Store estreia-se no iPhone

The Fame é o 1º álbum de Lady Gaga

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Os Mortos Caminham II – As novas máquinas arcade e o caso japonês

Publicado originalmente na BGamer nº167, Junho 2012.

1ª Parte

3ª Parte

Longa Vida às Máquinas!

Um produto fora de prazo pode reacender a paixão do seu público e convencer novos utilizadores se se concentrar nos seus pontos fortes. E um dos grandes trunfos das fabricantes de jogos arcade é a possibilidade de criarem máquinas tão simples ou extravagantes quanto for necessário para servir o software – e acima de tudo configurações muito dificilmente replicáveis em casa. As consolas domésticas e portáteis vêm embaladas com controladores que permanecem mais ou menos inalterados durante todo o tempo de vida da máquina. Supõe-se que estes comandos sejam compatíveis com a maioria dos jogos para evitar o risco de fragmentar a base instalada de utilizadores. Alguém acredita, por exemplo, que a próxima versão da 3DS não vai integrar um segundo analógico? [bom…]

No caso das máquinas arcade há a possibilidade real de personalizar os métodos de controlo de acordo com os jogos. Isto vai desde lightguns dedicadas para jogos que conseguem inclusive detetar a posição do jogador no espaço, a cabines totalmente fechadas com várias funcionalidades, botões e joystiqs… a iPads gigantes!

A Adrenaline Amusements, do Canadá, depositou o seu futuro nas mãos de ecrãs LCD multi-toque de 46 polegadas (ou máquinas TouchFX) que reproduzem hits otimizados de aplicações para smartphones e tablets como Fruit Ninja e Infinity Blade. As unidades TouchFX são um dos raros casos de sucesso das máquinas no Ocidente. O próximo passo da empresa deve ser assegurar software exclusivo para as suas máquinas. O conceito é ótimo, mas não nos esqueçamos que o negócio consiste em cobrar dinheiro por “uma vida” num jogo que, completo, custa meia-dúzia de tostões numa loja de aplicações.

Eu Sou *Enorme* no Japão

Consta que quando Space Invaders foi lançado no Japão, em 1978, a febre foi tal que gerou uma escassez generalizada de moedas de 100 ienes (1 euro aprox.) no país. 34 anos depois, as caixas-fortes das máquinas no Sol Nascente continuam a acumular moedas – e as do ocidente enchem-se de pó.

O consumo de videojogos no Japão tem caracteristicas atípicas e as arcades não morrem, persistem. Estamos a falar dum país em que predomina a cultura de jogo face-a-face; onde jogar online em consolas de alta-definição não está ainda vulgarizado, por preferência a aventuras videojogáveis conjuntas em parques, estações de metro, paragens de autocarro, escolas e, em geral, nos grandes centros urbanos do Japão. As consolas portáteis dominam e as máquinas arcade enchem andares inteiros de salões que são, ao mesmo tempo, ponto de encontro, estada e fonte de entretenimento para veteranos e iniciados.

Porque não morrem as arcades no Sol Nascente? Tenho três razões: porque à densidade populacional acrescenta-se uma enorma facilidade de mobilidade; porque há uma clara valorização da cultura de jogo face-a-face e isso incentiva fabricantes como a Sega e a Taito em continuar a inovar (o que por sua vez continua a atrair jogadores), e porque os salões de jogos são tratados como santuários de entretenimento em vez de templos à deliquência.

Feiras anuais como o Amusement Machine Show, o AOU ou mesmo o Tokyo Games Show alimentam os salões com novas máquinas, e a imaginação dos jogadores com as tendências para os próximos anos.

Continua amanhã com roteiro dos salões de jogos em Portugal e cronologia… com um twist!

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